quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Herzog no Louvre

No dia 10, quarta-feira, o Herzog esteve no Louvre, desta vez não fiquei à porta ;)

...as pessoas que conseguiram entrar

lá está ele (desfocado, mas era ele) ... depois de termos superado muito tempo de espera, não porque nos tivesse feito esperar, é suiço, mas porque nestes casos chegar uma hora antes do início é o ideal.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Contagem decrescente

É quase altura de voltar para Casa. E parece-me que já começa a surgir algum sentimento de melancolia. O tema "o último/a (qualquer coisa) antes das férias do Natal" é o pretexto mais usado para nos juntarmos com as pessoas que fazem já parte da nossa passagem por Paris, que parece acelerar a cada dia que passa.

Sexta-feira houve festa em casa da Elena, que acabou por ser uma coisa em grande, ao contrário do que ela tinha anunciado, com direito a vinho quente, que acabava tão rapidamente como água no deserto... e era sempre tempo de fazer mais. Fiquei sem perceber se havia mesmo muita gente, ou se era a casa que era acolhedora. Talvez tenha sido a mistura das duas coisas, que acabou por resultar numa festa bem composta.

No sábado fomos jantar a um restaurante, "o último jantar antes das férias de Natal", cuja especialidade (apercebemo-nos depois de cinco segundos a olhar para a ementa) é pato... O restaurante não foi difícil de encontrar, afinal é bem conhecido, quando veio a comida percebeu-se porquê. (eu não comi pato... não alinho em clichés =) talvez devesse... mas houve que comesse e aprovou). Para quem ler isto e quiser experimentar, chama-se "Chez Papa"... peçam pato, mas se não pedirem, ficam bem servidos na mesma.

Nós no metro, bem contentinhos de barriga cheia, após o misterioso desaparecimento de dois elementos do grupo

(depois completo com mais fotos)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Primeiro Domingo do Mês

Ora, como não podia deixar de ser, foi novamente o primeiro domingo do mês. E aproveitámos para ir a alguns museus, porque supostamente grande parte é de entrada gratuita neste dia. Acabámos por descobrir que afinal os museus que escolhemos são sempre gratuitos, ou pelo menos a parte das exposições permanentes... mas acabámos por vê-los na mesma, já que estávamos no terreno.

Antes disso...
entrámos na Église de Saint Paul
passámos por uma data de lojas cheias de coisinhas boase chegámos à Place des Vosges



E finalmente chegámos à Maison de Victor Hugo na Place des Vosges
... que tinha uma bela vista sobre a praçaDepois fomos ao Musée Carnavalet

e acabámos a comer umas especialidades na zona judia do Marais




sábado, 6 de dezembro de 2008

Semana do início do mês

Foi a semana em que mais vezes me apercebi de que ainda continuo numa fase de adaptação ao ritmo de Paris, porque é a semana que exige mais responsabilidades e organização.

É a semana mais stressante do mês, entre pagar rendas, magnetizar chaves, carregar passes, a juntar a tudo do que de normal se faz no dia a dia.
Segunda feira foi portanto o dia de carregar o belo do passe. Até acordei cedo, e pensei, tenho tempo... de modo que tive um levantar lento. Ao sair de casa lembrei-me... bolas... é dia de carregar o passe! dito e feito... uma fila interminavel para o fazer, com direito a muito stress e discussões, porque alguém resolveu levantar a voz a não sei quem e logo daí se gerou tensão. Não fiquei á espera de ver o resultado, até porque, se no início me parecia que ia chegar a tempo ás aulas, depois disto tudo já não me parecia.

Terça-feira
Nós à porta da Cité, antes de nos metermos no RER para ir a um concerto gratuito debaixo da pirâmide do Louvre, que não é exclusiva do início do mês, mas que voltou a ser prova do nosso timing em chegar exactamente no momento de ver a porta a fechar-se-nos cara... porque gratuito significa adesão em massa, e adesão em massa significa lotação esgotada. Enfim...como eu digo sempre... para a próxima já sabemos. Neste tipo de situações meia hora antes não basta, mas é um hábito que custa a entrar.


De qualquer modo acabámos por ir comer um kebabzinho a Saint Michel... nada mau... numa zona onde os vendedores nos abordavam nas mais variadas línguas (acho que sabem dizer "olá" em todas) e onde me apercebi de que a frase "obrigada, mas já jantámos, fica para a próxima" é a maneira mais fácil de nos deixarem seguir o nosso caminho, mesmo que não seja verdade.
No final ainda acabámos por ser estrelas de um filme acerca de estrangeiros em Paris.

Quarta-feira

Resolvemos dar a experimentar à nossa chinesinha, e a quem mais quisesse um sangria feita com poucos recursos

... Eis a sangria...
... depois de mais de meia hora a olhar frustradas para uma garrafa de vinho rasca fechada, e sem um saca-rolhas á mão... a Margarida resolveu empurrar a dita da rolha para dentro da garrafa, processo que demorou, creio, um segundo ou menos, e salvou a nossa soirée

A maison de Cuba estava ao rubro nesse dia... como nunca a vi
Nessa noite fizeram-se novos conhecimentos tugas, muito graças à falta de um saca-rolhas.
A comunidade portuguesa da cave está a crescer, temos um novo elemento, a Soraia, e afinal já eramos três.
Finalmente começa-se a socializar na minha residência. É uma boa maneira de começar o mês.

Quinta-feira

Demos um pulinho à zona do Panteão, depois de uma sessão de desenhos animados no youtube


passámos pela faculdade de Direito, onde a Sara estuda

Église Saint-Étienne-du-Mont

Não foi desta que fomos ao badalado Mix, ou à festinha da cafetaria da escola, mas fomos até uma rua de bares bem simpática perto do Panteão






sábado, 29 de novembro de 2008

Última hora

Entretanto, acabei de receber a notícia de que neva a bem nevar em Portalegre, a minha terra natal...já não neva lá há anos largos, não me lembro de mais de três vezes.
Parece que só aqui em Paris é que não neva, mas faz um frio de rachar o osso, o que de certo modo me deixa esperançada de ver neve aqui enquanto cá estou.
Por outro lado dizem que nevar cá não é assim tão comum, nem um agrado aos olhos, porque a cidade fica suja, não sei.
De qualquer modo gostava de ver

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mari em Paris

Há cerca de uma semana a trás, a Mari deu um pulinho a Paris
Ora, embora esta temporada longe de Portugal me esteja a transformar numa maníaca das fotos, a Mari continua a liderar neste campo, de modo que a sua estadia em Paris acabou por ser muito bem documentada por fotos... e este post está cheio delas =)

Dia da chegada, nos Champs elysées, onde agora montaram um grande número de barraquinhas com vendas de Natal


Na sexta-feira, tive a oportunidade de lhe mostrar a escola, e um bocado da minha rotina durante este ano.
Mais tarde fomos até ao Louvre, aproveitando o facto de algumas exposições serem de entrada livre a partir das 18h, para menores de 25anos... aldrabámos um bocado a idade... mas sem problemas
Embora tenha sido uma voltinha um pouco a correr, deu para ter uma ideia geral
Começámos por ver a parte medieval do Louvre
E a parte reservada à cultura egípcia
embora estivsse a fazer um grande esforço para tocar com uma mão em cada parede... acredito que na realidade resultasse num compartimento bastante claustrofóbico. Tentei fazê-lo também com os pés...mas em vão

análise de escala... confere... é grande

à parte (após deambular alguns minutos pelos corredores do museu... abateu-se sobre mim, uma sensação de "dejà vu"... entretanto apercebi-me da razão)
(recriam os cenários ao pormenor)

vista sobre a Pont des Arts e sobre a École des Beaux Arts, e ao fundo representada por apenas alguns pontos luminisos alinhados, a torre maine monparnasse


Regresso a casa, no metro.
Foi um dia cansativo, mas bem acabado
Após um jantar num restaurante vietmanita e de um copito de vinho novo em Belleville

Sábado
em La Defense
na torre eiffel
onde o vento me fez um penteado novo
e onde descobrimos por experiência própria que afinal o dia mais frio do ano não foi o que eu chamei anteriormente de "o dia mais frio do ano" ... ou pelo menos os nossos ossos acharam que não
finalmente, após enfrentarmos uma fila interminável debaixo de um frio cortante, depois da desistência de um dos elementos do nosso grupo, e de uma subida escada a escada sem sentir as pernas, alcançámos o primeiro piso da torre eiffel
onde estava ainda mais frio









Logo a seguir decidimos subir a colina de Montmartre... mas desta vez fomos mais espertas, dentro da nossa insanidade, e lembrámo-nos de comprar acessórios para o frio (chapéus e luvas)

acabámos o nosso passeio num bar simpático com agradável música ambiente, chamado "la fourmi", com os meus companheiros alemães de La Villette


Domingo
Resolvemos ir até Poissy
onde afinal parece existir uma grande comunidade portuguesa, que a imagem da Nossa Senhora de Fátima no interior da igreja não deixa desmentir. Sentiu-se um pouco o calor de casa.

Chegámos por fim á villa Savoye, o propósito da nossa viagem a Poissy
o que o monsieur coloca no fim da sua promenade


No final, o frio cortante e os atrasos do autocarro não nos deixaram outra escolha que não esticar o dedo por uma boleia... felizmente resultou. Foi o dia das borlas, este dia de Poissy, borlas no RER, borlas no bus, estávamos umas verdadeiras fora-da-lei nesse dia. Enfim, é o espírito erasmus.
Chegadas a Paris, disseram-nos que afinal tinha nevado, mas nada de grandioso, só floquinhos que se derretiam imediatamente. Teria sido perfeito se tivesse nevado a sério em Poissy...mas não.

Domingo

No Domingo a Mari despediu-se nós com um belo jantar verdadeiramente português, bacalhau com natas. Bacalhau esse também trazido por ela de Portugal, bem acondicionado dentro da mala no meio das roupas